A ação do Itaú recebeu 13 recomendações. Em seguida, vêm o Banco do Brasil (BBAS3), com oito indicações, o BTG Pactual (BPAC11) com quatro, o Bradesco (BBDC4) com três, e o Santander (SANB11), com apenas duas.
Por que o Itaú (ITUB4) é o preferido?
Recentemente, o Santander, que recomendou as ações do Itaú para outubro, aumentou o preço-alvo de R$ 38,00 para R$ 44,00, destacando a ação como a principal escolha no setor bancário. Em relatório assinado por Ricardo Peretti, o banco indicou um aumento no ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) de 18% para 19% no longo prazo.
“Esperamos que o Itaú retome o crescimento na concessão de empréstimos em setores específicos, especialmente agora que conseguiu estabilizar a inadimplência de sua carteira de crédito”, afirmou o relatório.
O banco acredita que, com o novo ciclo de crédito, o Itaú deve registrar um “aumento nas receitas com comissões bancárias”. Isso pode levar a um potencial de crescimento nas suas projeções de receita.
Outros fatores que favorecem o Itaú incluem:
- Desempenho destacado em crédito: A capacidade do Itaú de antecipar os ciclos de crédito é uma característica que a atual gestão tem demonstrado nos últimos anos. A expectativa é que a empresa continue a executar bem essa estratégia, o que é fundamental em meio ao ciclo de alta da Selic.
- Resposta à concorrência: O Itaú tem reagido de forma eficaz à concorrência das fintechs, concentrando-se em reter clientes por meio de melhores experiências (como a plataforma de investimentos Íon e o super app One). Com o tempo, isso deve contribuir para o aumento das receitas por cliente.
- Eficiência: A busca por eficiência é um dos focos da atual administração, que visa o crescimento com controle de despesas. Isso sugere que a rentabilidade do Itaú deve continuar sendo a mais alta entre os grandes bancos em breve.
- Dividendos: Após um período em que o payout (percentual do lucro distribuído aos acionistas) esteve abaixo da média histórica, espera-se que o Itaú distribua entre 50% e 60% do lucro nos próximos 12 meses, o que torna o investimento ainda mais atrativo.
No entanto, existem alguns riscos, como a concorrência no setor de crédito por parte de novos entrantes, que podem adotar taxas mais agressivas, e um possível aumento da inadimplência devido à alta da Selic.