O primeiro dia de Javier Milei como presidente da Argentina será marcado por restrições às transações em dólares e por um feriado bancário “não oficial”, segundo a imprensa local.
O Banco Central da Argentina (BCRA) aprovou a medida com o objetivo de evitar o aumento da taxa de câmbio e permitir que o novo governo anuncie as suas primeiras medidas.
Também está prevista para esta segunda-feira (11 de janeiro) a formalização de Santiago Bausil para suceder Miguel Pesce como presidente do BCRA.
Bausili inclusive participou da primeira reunião ministerial convocada por Milei esta manhã e tem a tarefa de fechar o BCRA.
Segundo a imprensa local, a moeda estrangeira do país opera atualmente, na prática, sob a “regra da primeira compra” da Argentina, que se aplica a todas as operações de compra de dólares.
Como resultado, o BCRA aprova compras de moeda norte-americana para diversas empresas, caso a caso e com base em prioridades.
Javier Milei Presidente: O dólar trabalha em leve declínio na Argentina Tanto o mercado interno como o mercado livre têm limites.
As empresas utilizam o mercado único para transações de importação e exportação, bem como para operações interbancárias e transferência de recursos denominados em moeda estrangeira.
O Ministério das Finanças e os governos provinciais da Argentina também procuram no mercado interno os dólares necessários para pagar títulos emitidos no estrangeiro.
Ao contrário do Brasil, onde apenas o governo federal pode emitir títulos, também as províncias da Argentina (semelhantes aos estados do Brasil) podem contrair dívidas.
As restrições do BCRA mantiveram o dólar sob controle até a tarde. Segundo o jornal argentino Clarín, o dólar azul (um dos preços mais utilizados no mercado paralelo local) era vendido por volta de 1:965 pesos.
O valor diminuiu 25 pesos em relação aos 990 pesos com que fechou na sexta-feira (8), último dia útil do governo de Alberto Fernández. O dólar oficial era de 400 pesos esta tarde.
Desafios do Governo
Inflação: A Argentina tem lutado com altas taxas de inflação durante um período significativo. Isto corrói o poder de compra da moeda e cria incerteza para empresas e consumidores.
Crise da dívida: A Argentina tem enfrentado desafios relacionados com a sua dívida externa. O país envolveu-se em negociações com credores para reestruturar a sua dívida, e a resolução destas negociações tem um impacto significativo na estabilidade económica do país.
Depreciação da moeda: O peso argentino sofreu uma desvalorização significativa, levantando preocupações sobre o seu impacto nas importações, na inflação e na estabilidade económica geral.
Desequilíbrios comerciais: A Argentina tem enfrentado frequentemente desequilíbrios comerciais, com o país importando mais bens do que exporta. Isto pode pressionar a balança de pagamentos e o valor da moeda nacional.
Incerteza política e política: As incertezas políticas e políticas contribuíram para os desafios económicos. Mudanças frequentes nas políticas económicas podem criar um ambiente de negócios instável e afetar a confiança dos investidores.
Agitação social e trabalhista: Questões sociais e laborais, incluindo protestos e greves, têm sido comuns. Esses eventos podem perturbar as atividades econômicas e criar um ambiente de negócios incerto.
Desafios energéticos: A Argentina tem enfrentado desafios relacionados com a energia, incluindo flutuações nos preços da energia e preocupações com o fornecimento de energia. Esses problemas podem impactar o custo de produção das empresas.
Reformas Estruturais: A necessidade de reformas estruturais, nomeadamente em áreas como a fiscalidade, os mercados de trabalho e os serviços públicos, foi reconhecida. A implementação de reformas pode ser politicamente desafiadora, mas muitas vezes é crucial para a estabilidade económica a longo prazo.
Pobreza e desigualdade: Abordar a pobreza e a desigualdade continua a ser um desafio significativo. As dificuldades económicas podem agravar os problemas sociais e encontrar soluções sustentáveis é crucial para o bem-estar da população.
É importante notar que a situação económica pode mudar e novos desafios ou desenvolvimentos podem ter surgido desde a minha última atualização.
Para obter as informações mais recentes, é aconselhável consultar fontes mais recentes ou reportagens sobre o estado atual da economia argentina.