O Tesouro Direto é um programa de investimento em títulos públicos do governo brasileiro que permite aos investidores aplicar seu dinheiro de forma acessível e segura.
A segurança dos investimentos no Tesouro Direto também é baseada na credibilidade do governo brasileiro como emissor dos títulos e nas instituições que garantem a custódia e liquidação das operações.
O próprio Tesouro Direto faz a garantia de seus títulos aos investidores, através do Tesouro Nacional, caso em tese, falte dinheiro para pagar os investidores, o Tesouro Nacional para resolver o problema irá emitir mais títulos para vender e repassar o valor aos investidores.
Mas pode ficar tranquilo, pois o Tesouro Nacional oferece segurança aos investidores por vários outras características:
Emissor: Os títulos do Tesouro Direto são emitidos pelo governo federal através do Tesouro Nacional, que é considerado um emissor de altíssimo grau de confiabilidade.
Isso significa que, em tese, o governo tem a capacidade de cumprir suas obrigações financeiras.
O Governo jamais irá querer demostrar ao resto do mundo que não consegue pagar seus investidores, isso iria causar uma debandada de investidores internacionais e de empresas multinacionais
Renda Fixa: Os títulos do Tesouro Direto são ativos de renda fixa, o que implica regras claras sobre como os investidores receberão seus rendimentos e seu dinheiro de volta na data de vencimento.
Custódia na CBLC: A custódia dos títulos do Tesouro Direto é realizada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), que é uma entidade vinculada à B3 (antiga BM&FBOVESPA). A CBLC garante a segurança e a liquidação das operações realizadas no mercado.
Proteção Legal: O investimento no Tesouro Direto é regulamentado e protegido por leis brasileiras, e os investidores possuem direitos legais em relação aos seus investimentos.
Liquidez: Os títulos do Tesouro Direto podem ser vendidos a qualquer momento, proporcionando uma boa liquidez aos investidores.
O pagamento no Tesouro Direto ocorre de acordo com o prazo e a forma escolhidos no momento da compra dos títulos
Existem dois tipos de títulos públicos no Tesouro Direto, com diferentes formas de pagamento:
Tesouro Prefixado (LTN): Nesse tipo de título, o investidor sabe exatamente quanto receberá na data de vencimento, que é pré-determinada no momento da compra.
O pagamento é feito em uma única parcela na data de vencimento. Não há pagamentos de juros intermediários ao longo do período de investimento, e o investidor recebe o valor nominal do título no vencimento.
Tesouro IPCA+ (NTN-B e NTN-B Principal): Esses títulos são corrigidos pela variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acrescidos de uma taxa de juros pré-determinada.
Os pagamentos de juros e a correção pela inflação são feitos semestralmente. Na data de vencimento, o investidor recebe o valor corrigido pelo IPCA, acrescido dos juros remanescentes.
A forma de pagamento dos juros e correção dos títulos Tesouro IPCA+ é um dos principais diferenciais desses títulos em relação aos Tesouros Prefixados, que não pagam juros intermediários.
O pagamento dos valores referentes aos juros e correção dos títulos é feito diretamente na conta do investidor, na instituição financeira intermediária escolhida no momento da compra do título.
Essa instituição financeira é responsável por intermediar as operações do Tesouro Direto e pela custódia dos títulos em nome do investidor.
É importante ressaltar que, em caso de venda antecipada dos títulos no mercado secundário (antes do vencimento), o investidor pode receber um valor diferente do valor nominal, dependendo das taxas de juros praticadas no mercado naquele momento.
Portanto, o pagamento pode variar se o investidor optar por vender seus títulos antes do vencimento.
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Aqui estão alguns passos para ajudá-lo a escolher o título mais adequado
Defina seus objetivos financeiros: Antes de investir, é fundamental saber por que está investindo.
Se você está economizando para uma meta de curto prazo, como uma viagem ou um fundo de emergência, pode preferir títulos com liquidez imediata, como o Tesouro Selic.
Para objetivos de médio e longo prazo, como aposentadoria, a escolha pode ser diferente.
Avalie sua tolerância ao risco: Os títulos do Tesouro Direto têm diferentes níveis de risco. Títulos Tesouro Selic são os mais seguros, pois seguem a taxa básica de juros da economia (Selic).
Os Tesouros Prefixados têm uma taxa fixa de juros e não são afetados pelas variações da Selic, mas estão sujeitos a risco de mercado.
Os Tesouros IPCA+ (NTN-B) oferecem proteção contra a inflação, mas também têm risco de mercado.
Considere o prazo de investimento: O prazo em que você pretende manter o dinheiro investido é um fator importante.
Títulos Tesouro Selic são mais apropriados para investimentos de curto prazo, enquanto os Tesouros Prefixados e IPCA+ são adequados para prazos mais longos.
Analise as taxas e rendimentos: Compare as taxas de rendimento oferecidas pelos diferentes títulos.
Os Tesouros Prefixados têm taxas fixas, enquanto os Tesouros IPCA+ possuem uma taxa fixa mais a correção pela inflação.
Leve em consideração as taxas de administração cobradas pela instituição financeira intermediária, pois elas podem impactar os seus ganhos.
Diversificação: Muitas vezes, a diversificação é uma estratégia sólida para reduzir o risco da sua carteira de investimentos.
Você pode considerar uma combinação de títulos, dependendo dos seus objetivos.
Por exemplo, combinar títulos Tesouro Selic com títulos Tesouro IPCA+ pode equilibrar a segurança com a proteção contra a inflação.
Acompanhamento: Uma vez que você tenha feito sua escolha, é importante acompanhar seus investimentos e reavaliá-los periodicamente.
Os títulos podem ser vendidos antes do vencimento no mercado secundário, então você tem flexibilidade para ajustar sua estratégia conforme necessário.
Conclusão
O Tesouro Direto é uma opção de investimento acessível, segura e com boa liquidez para os investidores no Brasil.
A sua segurança é fundamentada na credibilidade do governo brasileiro como emissor dos títulos e nas instituições que cuidam da custódia e liquidação das operações.
Embora não haja um fundo garantidor específico, como o FGC para investimentos em instituições financeiras, as características intrínsecas do Tesouro Direto oferecem um ambiente de investimento confiável.
No entanto, é importante ressaltar que nenhum investimento está completamente isento de riscos.
Os investidores precisam compreender os diferentes tipos de títulos disponíveis no Tesouro Direto, suas características, prazos e taxas de rendimento para tomar decisões informadas.
Além disso, fatores econômicos, políticos e financeiros podem influenciar o desempenho dos títulos do Tesouro Direto.
Portanto, ao investir no Tesouro Direto ou em qualquer outro veículo de investimento, é essencial que os investidores avaliem seu perfil de risco, objetivos financeiros e horizonte de investimento.
Diversificar o portfólio de investimentos e buscar o conhecimento adequado são práticas recomendadas para maximizar a segurança e o potencial de retorno ao investir no Tesouro Direto e em outros instrumentos financeiros.
[Nota: Este artigo fornece informações gerais e não constitui aconselhamento financeiro. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, consulte um consultor financeiro qualificado.]