Explicando a meta fiscal Brasileira

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A meta fiscal do governo brasileiro refere-se ao objetivo estabelecido pelo governo para o resultado primário das contas públicas durante um determinado período, geralmente um ano fiscal.

O resultado primário é a diferença entre as receitas totais do governo (como impostos e outras fontes de receita) e as despesas totais, excluindo os gastos com juros da dívida pública.

O objetivo da meta fiscal é controlar o endividamento público, mantendo-o em níveis sustentáveis, para garantir a estabilidade econômica e evitar crises financeiras.

Sendo assim, quando o governo gasta mais do que arrecada, ocorre um déficit primário, o que pode levar a um aumento da dívida pública.

Por outro lado, quando o governo arrecada mais do que gasta, há um superávit primário, que pode ser usado para pagar parte dos juros da dívida.

Portanto essa meta é definida em termos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O governo monitora constantemente a evolução das receitas e despesas públicas ao longo do ano para avaliar se está seguindo o caminho para atingir a meta estabelecida.

Se o governo perceber que não conseguirá atingir a meta fiscal original devido a mudanças nas condições econômicas ou outras circunstâncias, pode revisar a meta para um novo valor mais realista.

Isso é feito por meio de ajustes nas despesas e receitas, como cortes de gastos ou aumento de impostos.

Sendo assim o acompanhamento e o cumprimento da meta fiscal são fundamentais para manter a credibilidade do governo junto aos mercados financeiros e aos investidores, além de garantir a estabilidade econômica do país.

No Brasil, as metas fiscais são estabelecidas por lei e devem ser aprovadas pelo Congresso Nacional. A não observância das metas fiscais pode ter impactos negativos sobre a confiança dos investidores, a inflação e a taxa de câmbio, assim afetando a saúde financeira do país.

Acompanhe os principais pontos da Meta Fiscal

Metas Fiscais Anuais:

A meta fiscal é estabelecida anualmente no Brasil. O governo federal define a meta para cada ano, indicando se espera alcançar um superávit primário (receitas excedendo as despesas, excluindo o pagamento dos juros da dívida) ou se permitirá um déficit primário.

Leis Orçamentárias:

Por fim a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é o instrumento legal que estabelece as metas fiscais, os parâmetros econômicos e as diretrizes para a elaboração do Orçamento Geral da União. O Congresso Nacional precisa aprovar a LDO, e ela serve como base para a elaboração do Orçamento da União, que é aprovado pelo Legislativo.

Escopo da Meta Fiscal:

A meta fiscal não se limita apenas ao governo federal. Ela abrange todo o setor público, incluindo os estados, municípios e empresas estatais. Portanto, o cumprimento da meta fiscal envolve uma coordenação complexa entre os diferentes níveis de governo e entidades públicas.

Flexibilidade na Meta:

Em situações excepcionais, como crises econômicas ou emergências nacionais, o governo pode solicitar ao Congresso Nacional a autorização para descumprir a meta fiscal estabelecida.

Isso geralmente ocorre por meio de um processo chamado de “abertura de crédito suplementar” ou “excepcionalidade fiscal”, entretanto precisa ser aprovado pelo Legislativo. (continua Abaixo)

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Dívida Pública:

O cumprimento das metas fiscais também está relacionado à gestão da dívida pública. Quando o governo não atinge a meta e gasta mais do que arrecada, ele precisa emitir títulos da dívida para cobrir o déficit. Contudo a gestão adequada da dívida pública é crucial para evitar pressões inflacionárias e manter a confiança dos investidores.

Impacto na Política Econômica:

O cumprimento das metas fiscais afeta diretamente a política econômica do país. Um governo que busca constantemente superávits primários pode ter mais espaço para investir em programas sociais e infraestrutura.

Por outro lado, um governo com déficits frequentes pode enfrentar restrições orçamentárias que limitam suas opções de gastos.

Monitoramento e Avaliação:

Durante o ano, a meta fiscal é monitorada de perto pelo governo, pelo Congresso e por agências de controle fiscal, como o Tribunal de Contas da União (TCU). Sendo assim, esse acompanhamento permite ajustes na execução orçamentária e pode levar a revisões da meta ao longo do ano, se necessário.

Desafios e Controvérsias:

A definição e o cumprimento das metas fiscais no Brasil podem ser desafiadores, especialmente em um ambiente econômico instável.

Sendo assim, questões políticas, variações na arrecadação de impostos e pressões de gastos podem criar controvérsias em torno das metas fiscais.

Estabilidade Econômica:

Ao manter o equilíbrio fiscal, o governo busca promover a estabilidade econômica do país. Pois isso envolve controlar a inflação, manter taxas de juros estáveis e criar um ambiente propício para o crescimento econômico.

Credibilidade Financeira:

O cumprimento das metas fiscais é fundamental para manter a credibilidade do governo perante os investidores, agências de rating e os mercados financeiros globais. Pois, isso ajuda a garantir o acesso a financiamento a custos mais baixos e atrai investimentos para o país.

Transparência e Responsabilidade:

Antes de mais nada as metas fiscais promovem a transparência na gestão das contas públicas e a responsabilidade do governo na condução de suas finanças. Elas são comunicadas ao público e ao Congresso Nacional, permitindo um maior escrutínio e debate sobre as decisões fiscais do governo.

Enfim, elas determinam o resultado primário desejado, que é a diferença entre as receitas e as despesas do governo, excluindo os juros da dívida.

Um Governo alinhado com a meta fiscal é um Governo soberano.
Concluindo

O governo pode estabelecer metas de superávit primário (receitas maiores do que despesas, excluindo juros) ou déficit primário (despesas maiores do que receitas, excluindo juros), dependendo das condições econômicas e das prioridades de política fiscal.

Em resumo, a meta fiscal brasileira é uma estratégia fundamental para o governo brasileiro controlar as finanças públicas, promover a estabilidade econômica e manter a credibilidade financeira do país. Ela envolve o estabelecimento de objetivos para o resultado primário, que orienta as políticas fiscais e orçamentárias do governo durante um ano fiscal específico.

Em resumo, a meta fiscal é uma ferramenta fundamental para a gestão das finanças públicas no Brasil.

Ela envolve um processo complexo de planejamento, monitoramento e controle das contas públicas e desempenha um papel crítico na estabilidade econômica do país.

Por fim o cumprimento das metas é um indicador da capacidade do governo de equilibrar suas contas e manter a confiança dos investidores.

Formado em Administração de Empresas pela FAIT, com pós graduação em Gestão Hospitalar. Criador e administrador do portal Meu Money, grande afinidade com finanças pessoas e investimentos.

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