Gol pode pedir recuperação judicial

Saiba se a recuperação judicial da Gol representa uma ameaça para o consumidor?

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O pedido deve ocorrer em meados de fevereiro.

A Gol (GOLL4) estuda entrar com uma ação de recuperação judicial nos Estados Unidos, assim como o Painel Folha de São Paulo S.A. coluna relatada em 15 de janeiro.

Dúvidas sobre o impacto potencial sobre os consumidores são comuns nesse cenário, consultou o Procon de São Paulo para abordar essas preocupações.

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Segundo o Procon-SP, os direitos dos consumidores são teoricamente garantidos e não podem ser afetados quando uma empresa busca reparação judicial, independentemente do setor.

Isso porque, na opinião do órgão, ocorre um sistema de cobrança legal no âmbito do direito comercial, e a empresa continua operando e comercializando seus serviços ou produtos normalmente, ainda que sob salvaguardas.

“A importância recai sobre as dívidas da empresa, principalmente com fornecedores e colaboradores.

Caso a empresa não cumpra a oferta ou altere os parâmetros e regras de prestação de serviços no âmbito da recuperação judicial, deverá primeiro ser obtida a autorização do tribunal para a situação e cada situação também deve ser analisada de acordo com os requisitos e condições estabelecidas”, explica.

Entenda o cenário

A Gol, a segunda maior companhia aérea do Brasil em número de passageiros, estava altamente endividada e contratou a Seabury Capital no mês passado para ajudar a reformar sua estrutura de capital.

Segundo fontes da Folha, a empresa tenta facilitar um plano extrajudicial de reestruturação de dívidas. No entanto, esta opção parece impossível porque existe um conflito de interesses entre proprietários e grupos de interesse.

Saiba mais sobre o possível pedido de recuperação judicial da Gol

Em conferência de investimentos no mês passado, a Gol confirmou que negociou a reestruturação da dívida principalmente com proprietários, mas também esperava uma contribuição de detentores de títulos e acionistas.

Na análise do Bradesco BBI e da Ágora, o acordo com a proprietária da Gol é um alívio financeiro significativo.

“Na ausência deste acordo, esperamos que a empresa busque a recuperação”, opinaram.

A História, antes da recuperação judicial da GOL

A Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A., comumente conhecida como GOL, é uma das principais companhias aéreas do Brasil. A empresa foi fundada em 2000 por Constantino de Oliveira Jr., conhecido como Nenê Constantino, um empresário brasileiro.

A GOL iniciou suas operações em 2001 com voos domésticos e rapidamente se tornou uma das principais concorrentes no mercado de aviação brasileiro.

A empresa adotou uma abordagem inovadora, focada em oferecer tarifas mais acessíveis e serviços simplificados.

GOL pode pedir recuperação judicial a qualquer momento.

Isso foi feito através da implementação de uma série de medidas operacionais eficientes, como o uso de um único tipo de aeronave (Boeing 737), vendas diretas ao consumidor e a eliminação de serviços tradicionais oferecidos por outras companhias aéreas.

Ao longo dos anos, a Gol passou por várias fases de expansão e desenvolvimento. A empresa enfrentou desafios, incluindo a concorrência acirrada no setor de aviação e as condições econômicas variáveis.

Em 2007, a Gol adquiriu a Varig, outra companhia aérea brasileira, o que contribuiu para a sua expansão no mercado doméstico e internacional.

A GOL também se destacou por suas iniciativas tecnológicas, sendo uma das primeiras companhias aéreas do mundo a oferecer check-in online e outros serviços digitais inovadores.

Além disso, a empresa estabeleceu parcerias estratégicas com outras companhias aéreas e se juntou à aliança global de companhias aéreas, SkyTeam, em 2012.

A sede da Gol está localizada em São Paulo, e a companhia opera voos para destinos nacionais e internacionais.

Como em qualquer empresa, a história da Gol é marcada por altos e baixos, mas a companhia conseguiu se manter como uma das principais players no setor de aviação no Brasil.